"SOU ESSE TIPO DE GENTE. VIM DO SERTÃO, ONDE TUDO É MUITO
DIFÍCIL, PASSEI POR MUITOS SOFRIMENTOS, MAS SEMPRE TIVE FÉ" (Elba Ramalho)
O quarto
dia da Semana da Vida iniciou com os fiéis
sentados dentro e fora da igreja. O Padre Odair,
na companhia dos concelebrantes Padre Kléber e
Padre Pedro Stepien, celebrou uma linda missa, que foi animada pelas músicas da
Banda Maranatha. Elba Ramalho participou de toda missa ao lado dos coordenadores
da pastoral familiar – o casal Francisco e
Roselene. Esteve presente também o Deputado Distrital Agaciel Maia, com sua esposa e o nosso amigo e paroquiano Chicão.
A homilia
do Pároco teve como pano de fundo a história de Santa
Edwiges – uma menina que, aos 12 anos, se casou com um
duque, ficou rica e passou a usar seu
dinheiro para ajudar aos pobres. Padre Odair
convidou a todos a tomá-la como exemplo e a
pedir sua intercessão, não para quitar dívidas, mas para conquistar a humildade no
coração.
Ao final da missa, foram iniciados os
trabalhos da Semana da Vida. Recebemos, no palco, Elba Ramalho, Maria José e Padre Pedro. Em seguida, foi
apresentado o vídeo “ O Mundo da Voltas”, que mostrava a importância de
se fazer o bem.
Elba Ramalho começou seu testemunho explicando que, desde sua infância,
teve muita devoção por Nossa Senhora da Conceição e que,
coincidentemente, era esse também o nome da sua
cidade natal, mas que tudo mudou depois que ela
foi morar na cidade do Rio de Janeiro, aos 21 anos. Ao
chegar à cidade carioca,
Elba disse ter cometido três grandes erros: o
primeiro foi perder a virgindade, o segundo se envolver com drogas e o
terceiro, o pior deles, cometer um aborto. Segundo ela, na época, não tinha consciência do que estava fazendo, não
tinha ninguém para aconselhar e pensava estar
apenas arrumando uma forma de fazer com que sua menstruação atrasada descesse. Mas foi depois de consumar o aborto que percebeu ter matado o seu próprio filho, e que carregou essa culpa por muito tempo.
Apesar de, nessa época, já ter
conquistado a sua independência financeira, amigos e sucesso, a cantora disse que sentia um vazio enorme e que, um certo dia, no carro com seu motorista,
olhou para o céu e viu uma nuvem tomar a forma de Nossa Senhora. Ela não acreditou
no que estava vendo e perguntou ao homem se ele também via o mesmo. E ele, mesmo sendo
protestante, confirmou. Depois deste dia,
ela ficou inquieta e começou a fazer pesquisas
sobre a Virgem Santíssima. E nos contou vários
milagres concedidos a ela por Nossa Senhora, e que duas imagens,
que ficavam na sua casa, choraram lagrimas e
mel.
A cantora
afirmou que todos esses milagres eram para sua conversão. E explicou também que, nessa
época, vivia um casamento muito complicado, suportando várias traições pela fé. Mas que, um dia, ela cedeu ao pecado da carne e traiu seu esposo, e essa queda lhe custou muito caro. Contou que esse envolvimento durou três anos de muitos sofrimentos, pois era um relacionamento
doentio, que era realmente coisa do demônio, e que por mais que ela rezasse
com suas forças para se libertar, não conseguia. Foi preciso ficar
horas a fio aos pés do santíssimo, para alcançar a graça de se desprender e colocar um
ponto final naquela paixão.
E foi por meio do pedido de intercessão a Nossa Senhora, que ela conseguiu a vitória de entrar na castidade e conhecer o movimento Pró-vida, no qual hoje ela se dispõe a fazer um trabalho voluntário, ajudando mulheres a desistir de praticar o aborto tirando a vida de inocentes.
Logo após,
ouvimos o testemunho de Zezé, coordenadora
do Pró-vida do Rio de Janeiro, e do Padre Pedro, da paróquia Perpétuo Socorro em Lago Azul, diocese
de Luziânia (GO),
que falaram do mercado existente por trás da
venda de remédios e da indústria do aborto.
Zezé contou um pouco da sua experiência, de realizar um
aborto após ter sido estuprada e de como isso
afetou o seu psicológico, e convidou as mulheres
a ter coragem. Padre Pedro, por sua vez, pediu que não esperemos apenas pela luta da igreja
contra o aborto, mas que essa seja uma luta pessoal, na
qual cada um ajude, buscando não engolir o aborto como algo
normal, e ficar
atento pois aos poucos,
e sorrateiramente, as práticas abortivas estão sendo legalizadas em nosso país.
Os três fizeram o apelo para
participarmos do ato público contra o aborto, que ocorrerá
no dia 29 de outubro, na Praça dos Três Poderes, às
10h. E ainda nos indicaram o filme “O grito Silencioso”, e
sugeriram que acessássemos o site Brasil sem aborto.
Conforme prometido, Padre
Odair pediu à Elba uma palhinha de “Ave Maria” e “Bate Coração”, que
foi prontamente atendido pela artista. Logo
após, entregou os troféus e alguns presentes
aos convidados e encerrou com uma benção.
Muito bem feito. Parabéns. Só faltou videos. Por que?
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